Macrófitas Aquáticas

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Posted by Beatriz Miranda · 0 Comments in this post

Fonte: Beatriz Miranda

Fonte: Priscila Nunes

A aquicultura apresenta várias alternativas de cultivo, sendo uma delas a produção de macrófitas. De acordo com Esteves (1998) o termo macrófita aquática foi mencionado pela primeira vez em 1938 por Weaner & Clements, que as definiram de maneira geral como plantas herbáceas que crescem na água, em solos cobertos por água ou em solos saturados com água.

As macrófitas aquáticas são, em sua grande maioria, vegetais terrestres que ao longo de seu processo evolutivo, se adaptaram ao ambiente aquático, por isso apresentam algumas características de vegetais terrestres e uma grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes, o que torna sua ocorrência muito ampla.

Diversos fatores ambientais favorecem o crescimento dessas plantas, tais como baixa turbulência, abundância de nutrientes, ausência de espécies predadoras e competidoras, condições climáticas propícias (especialmente em ambientes aquáticos tropicais), podendo suportar grandes períodos de seca bem como diferentes concentrações salinas.

Esses vegetais apresentam muitos benefícios ao ambiente em que vivem, sendo responsáveis por grande produtividade primária, contribuindo para a manutenção da diversidade faunística e consequentemente aumentando a complexidade da dinâmica do ecossistema. Atuam na ciclagem de nutrientes, pois utilizam nutrientes do sedimento para seu desenvolvimento e crescimento, devolvendo nutrientes por excreção e disponibilizando-os novamente para diversos organismos ali estabelecidos. Destacam-se ainda como local de abrigo e reprodução para diversos animais, atuam no controle de poluição e de eutrofização artificial, além de apresentarem elevada viabilidade econômica, sendo sua biomassa utilizada de diversas maneiras.

No entanto, estes organismos podem promover prejuízos ao ambiente aquático, pois devido a alta facilidade de proliferaração podem ocupar quase, ou toda, a lâmina d´água dificultando algumas atividades, como navegação, pesca, lazer, e ainda podem acarretar diminuição de fluxo d’água, acúmulo de lixo, desenvolvimento de vetores de doenças, entre outros, o que torna necessário conhecer formas de controle dessas espécies, a fim de mitigar esses impactos. Neste contexto, o conhecimento sobre a biologia e ecologia das macrófitas, assim como a importância de sua preservação e controle, deve ser visto hoje como prioridade para a manutenção da "saúde" e do funcionamento dos ecossistemas aquáticos.

BIBLIOGRAFIA

ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciencia, 1998.

OLIJNYK, D. P. Avaliação da nitrificação e desnitrificação de esgoto doméstico empregando filtros plantados com macrófitas (wetlands) de fluxos vertical e horizontal – sistemas híbridos. UFSC: Florianópolis, 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental). Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina.

RIBEIRO, V. F. Benefícios e Prejuízos de Macrófitas Aquáticas presentes no ecossistema. [s.l.]. jun 2006. Resumo do artigo. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/exact-sciences/physics/1686846-benef%C3%ADcios-preju%C3%ADzos-macr%C3%B3fitas-aqu%C3%A1ticas-presentes/>. Acesso em: 19 jun. 2010.

Filed Under : Ecologia Aquática

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